Após mais de 100 anos de sua criação, a Psicanálise parece estabelecer ainda hoje os parâmetros das psicoterapias modernas, e se mantém como uma das mais prolíferas fontes de saber das ciências humanas. Sigmund Freud revolucionou o pensamento universal ao criar sua teoria e técnica de exploração do inconsciente, e mais do que isso, mostrou ao mundo como as afecções mentais podem ser tratadas a partir de uma clínica da fala, alterando assim o enquadre médico tradicional. Desde a clínica, principal subsídio para a investigação psicanalítica, até o cinema, artes e literatura, a Psicanálise ocupa hoje um lugar de destaque por sua vasta contribuição.
Constituída ao longo dos anos de inúmeros pensadores, que seguindo os passos de Freud avançaram nos estudos do psiquismo humano e de suas manifestações, a Psicanálise ainda é combatida pelas ciências médicas e pela farmacologia. Freud, neurólogo, buscou expandir limites impensáveis a sua época, e descobriu com sua criação a estrutura do sofrimento psíquico. Em pouco tempo, conceitos como narcisismo, complexo de Édipo e inconsciente dominaram o julgo popular e se espalharam por todo o ocidente ao longo dos séculos XX e XXI.
Pautada em uma ética do sujeito, e submetida ao rigor de suas bases fundamentais através da análise do próprio analista e de sua supervisão, a Psicanálise se destaca por manter firmes os princípios essenciais da prática clínica desenvolvida por seu fundador, e busca aprimorar cada vez mais a compreensão dos fenômenos da sociedade atual, marcada pelo mal estar e pela derrota do sujeito submetido à sociedade de massas e do individualismo.
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